MQL → SAL → SQL: o que significam, como definir e aplicar na sua operação de marketing e vendas

Quem trabalha com marketing e vendas já viveu esse filme: marketing gera leads, vendas diz que eles não prestam.

O problema quase sempre é o mesmo: falta de critérios claros para cada etapa do funil e para a passagem do bastão entre os times.

Este guia organiza, de forma prática, como definir MQL, SAL e SQL, quais critérios usar, e quais métricas acompanhar para escalar com previsibilidade.

Conceitos, critérios e exemplos

MQL: Marketing Qualified Lead

O que é:

Lead que o Marketing considera qualificado para ser atendido pelo time de Pré‑Vendas (SDR).

Critérios recomendados (checklist):

  • Fit com ICP (obrigatório): segmento, porte, região, faturamento.
  • Engajamento mínimo: baixou material, participou de webinar, visitou páginas-chave, respondeu campanha.
  • Intenção sinalizada: preencheu formulário “fale com vendas”, escolheu dor/prioridade, deixou telefone.
  • Dados válidos: e-mail corporativo, telefone ativo, cargo.

Exemplo de MQL:

Startup de tecnologia (faturamento de 30 mil por mês), do Sudeste, que abriu 3 e-mails e pediu contato. E-mail corporativo e cargo “Head de Vendas”.

Regra prática: MQL é um lead qualificado pelo marketing e está no topo/meio do funil, que vale ser abordado pela pré-venda, mas ainda não é uma oportunidade real de vendas.

SAL: Sales Accepted Lead

O que é:

A partir do momento que o MQL estiver pronto para receber um primeiro contato, ele será encaminhado para pré-vendas e se tornará um SAL (Leads Aceitos por vendas), para verificar se as suas informações e a qualificação feita pelo marketing realmente é correta

Critérios recomendados (checklist):

  • Dados válidos: contato ativo (mesmo que ainda não verificado).
  • Fit confirmado em tese: de acordo com os critérios de ICP definidos.
  • Potencial real: há sinais de dor/necessidade compatíveis com a solução.
  • Próximo passo esperado: Pré-vendedor vai iniciar a abordagem para validar e avançar.

Exemplo:

O pré-vendedor analisou o lead gerado pelo marketing, conferiu que está dentro do ICP e decidiu aceitá-lo no funil. Nesse momento ele vira SAL: e só então será feita a abordagem para validar as informações.

Regra prática: SAL é o lead aceito pelo time de vendas para ser trabalhado.

SQL: Sales Qualified Lead

O que é:

Podem ser considerados oportunidades reais. São leads qualificados por Pré-Vendas após uma descoberta consultiva; tem dor priorizada e viabilidade de compra.

A partir daqui, o foco deixa de ser qualificar e passa a ser conduzir a negociação com técnica: construir narrativa de valor, gerar confiança, usar prova social e trabalhar urgência.

Como identificar um SQL:

  • O lead já reconheceu a necessidade e está aberto a conversar sobre soluções;
  • Existe pelo menos um decisor ou influenciador envolvido no processo;
  • Há clareza de que a solução pode ser implementada (orçamento viável ou ROI justificável);
  • Existe um próximo passo concreto no pipeline (demonstração, proposta).

Exemplo:

Após a call de descoberta, o pré-vendedor entendeu que a empresa tem uma dor clara (falta de previsibilidade de vendas), o decisor aceitou avançar e já existe abertura para discutir proposta. Esse lead passa a ser SQL.

Regra prática: SQL é a oportunidade com chance real de fechamento no horizonte do seu ciclo de vendas.

Modelo de Lead Scoring (simples e eficaz)

Para facilitar na definição de um MQL e ajudar o time de vendas a priorizar o lead certo, cria-se um modelo de lead score, que traz pesos para cada critério de MQL e gera uma pontuação para o lead.

Componentes e pesos sugeridos (0–100 pts):

Fit/ICP (0 a 40)Segmento, porte, região, ticket.
Engajamento (0 a 30)Páginas de preço/case, materiais “meio/fundo”, cliques em e-mail, duração de visita.
Intenção (0 a 30)Pediu contato, respondeu formulário com dor e urgência, conversou via WhatsApp/Chat.

Limiar sugerido:

≥ 70 pts → vira MQL.

40 a 69 pts → entra em nutrição com campanhas e remarketing.

< 40 ptsdescarta (ou segmenta para campanhas topo de funil).

Como aplicar na sua empresa (passo a passo enxuto)

  1. Defina ICP e público-alvo (sem isso não termos assertividade nos próximos passos).
  2. Crie o modelo de lead score (fit, engajamento, intenção) e o limiar de MQL.
  3. Documente os critérios de MQL, SAL e SQL (as checklists acima viram “aceite de qualidade”).
  4. Implemente acordos de nível de serviço (SLAs) como speed‑to‑Lead, agendamento de descoberta, atualização de CRM, etc.
  5. Configure o CRM (campos, razões de perda, dashboards, Lead Scoring → MQL→SAL→SQL→Ganho).

Erros comuns

  • Tratar MQL como vitória (é só o começo).
  • Aceitar SAL sem critérios de qualificação bem definidos
  • Criar SQL sem descoberta real.
  • Não registrar motivos de perda (perde-se aprendizado).

Conclusão

Se existe algo que destrói resultados é marketing e vendas desalinhados.

Quando cada etapa fica bem definida, o marketing sabe que está entregando valor, o pré-vendedor ganha confiança no contato, e o vendedor foca no que realmente pode virar cliente.

👉 Se o processo é confuso, o CRM só vai mostrar o caos em forma de dados.

É assim que nasce a sintonia entre os times – e é essa sintonia que fecha negócios de verdade.

FAQ – Dúvidas comuns

1. Preciso de lead score para te MQL?

Sim. Sem lead score, é muito “subjetivo” e pouco calculável.

2. Quem define os critérios: Marketing ou Vendas?

Ambos. Documentem juntos e revisem com dados (comitê de funil mensal).

3. O que fazer com MQL que não ficou SAL?

Nutrir com conteúdos por dor/segmento e reengajar.

CNPJ: 43.336.145/0001-70 –
Razão Social: V2BX Assessoria e Treinamentos LTDA Florianópolis – SC

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